terça-feira, 21 de julho de 2009

Puzzle

Por vezes vejo a vida como puzzle: Um quadro, uma imagem que vamos construindo com o tempo e com as peças que aparecem. Alguns contentam-se com as peças que aparecem primeiro, outros preferem esperar pelas que julgam mais perto da perfeição, nem que para isso tenham de esperar. Esperar por aquilo que nos completa, por aquilo que nos faz felizes. Oh, como esperar pode ser complicado! E como pode parecer desnecessário! Quantas vezes não pensamos que 'melhor do que isto não vai aparecer' ?
Pois eu espero, espero para que o meu puzzle seja bonito, harmonios. Espero para que ele transborde felicidade, amor, alegria!
Ao contrário do que se possa pensar, construir um puzzle não é fácil. Além da variedade de peças disponíveis, há que encontrar uma ligação entre elas, e essa ligação não pode ser forçada, tem d ser natural, livre. No puzzle da minha vida as peças vão se ligando: família (essa não podemos escolher, mas podemos 'trabalhar' com ela), amigos, emoções, dias felizes, dias menos felizes... O mais triste é a acção do tempo que, não raras vezes, me tira peças de tão dificil aquisição, peças que me levaram tempo a conseguir, peças que me pareciam indispensáveis na construção do meu puzzle. "O que fazer com os espaços vazios?", perguntei a mim mesma várias vezes. E a resposta surgiu: preenchê-los com as únicas coisas realmente minhas, algo que ninguém possa tirar. Preenchê-los com recordações, momentos passados e emoções sentidas.
E assim se vai formando o puzzle...

1 comentário:

Inversão de Olhares disse...

A minha ideia é quase essa, no final não são pessoas que ficam no puzzle, mas sim recordãções delas.
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